Diria o poeta, da alma minha,
Que é mais alma do que minha.
Que não é minha a alma, essa,
Que é mais alma do que eu tinha.
Que não é minha nem mais um dia.
Que toda alma, de si, tem pressa
E só a si mesma é que se aninha.
Eu até diria ao nobre poeta
Que presunção que a mim seria
Querer ter alma que fosse minha.
Querer ter alma é ser pateta,
Doce ilusão que nem teria
Não fosse o peso da alma minha.
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